PATRICINHA - A saga
Elas mudaram. Multiplicaram. Divergiram para outras classes, culturas, profissões. Mas continuam sem saber o que é esteticamente insuficiente. Das infinitas noites da Phoenix e do Cabral para o mundo, para a Vila Madalena, para as festas rave.
Do dial na Metropolitana FM para Mix FM, Nova Brasil e rádio USP (não duvidem).
Dos balcões e corredores do shopping Iaguatemi para as portas dos restaurantes e muros do jockey.
Elas estão até colocando alfinetes nas calças. Sandalinhas de Porto Seguro nos pés. Psichodelic trance nos ouvidos.
Elas viraram personagem da escolinha da Globo.
Elas já se auto-intitularam tchutchucas e cachorras.
Vcs não sabem mais diferenciá-las. Elas estão por toda a parte.
Hoje você pode encontrá-las dançando ao som de Belle & Sebastian no Matrix. Ou tomando uma jurupinga no Gera. Ou movendo seus bracinhos incansavelmente e batendo o saltinho agulha em um gramado eletrônico até as onze da manhà. Ou suando seu vestidinho de chita nas horas de descontração com seus amiguinhos da ZL em um forró qualquer. E quem sabe lá do alto da Rocinha, a gente não vê uma cabeça loira com glitter na camisetinha surrada mexendo o popozão?
Ah, as seguidoras de Mariah. As Britneys suadinhas, atacadinhas e virgens. As Sandys do meio do mato com incensos.
Quanta purpurina...quanta mudança.
E lá no fundo de seus guarda-roupas, eles todos estão lá. Solitários, mas nunca esquecidos. Nem que seja pra dormir ou ainda só pra deixar na casa do Guarujá (ah, esqueci, essa ela vendeu e comprou uma em Maresias, mas só vai pra Caraíva ou Trancoso). Todos os moletons da Hard Rock, Guess, Pólo, L..A. Gear, Guaraná Brasil, DKNY, D&G e quantos outros que a memória apaga.
Estão todos lá. Mantendo o legado dessas meninas que ainda vão conquistar você.
E, quem sabe, dominar o próximo show de punk hardcore.
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