mangoMEL
Mango Chutney tem andado com uma fórmula mais doce. Ando exagerando no açúcar.
Há quem tenha paladar pra isso, afinidade com doce. Eu? Não sou muito chegada.
Mas depois de quase dois anos vivendo uma rotina apimentadíssima e muitos romances agridoces, acho que cansei um pouco do gosto de salgado. Depois de tanto hardcore, comecei esse ano completamente diferente. Todo aquele impulso ao promíscuo acabou. Não tudo, ficou ainda muita coisa, promiscuidade é algo que não só faz parte da personalidade de algumas pessoas, como também impregna em outras. Mas sinto que aquela barulheira toda, aquela mistura de mil sabores de uma vez, parou de me seduzir.
Como um orgasmo. Começa com aquela busca incessante a sentir o máximo de prazer possível, e tentar prolongar aquela sensação para sempre. O momento é tudo que importa, prazer é tudo que conseguimos pensar. Até a chegada de uma grande explosão, um exorcismo de toda a tensão prazeirosamente instalada no corpo, o ápice da sensação mais maravilhosa do mundo, que cega todo e qualquer pensamento na cabeça. Uma onda de realização toma conta do corpo, que feliz, aos poucos se acalma. A respiração volta ao normal, e então um silêncio interno toma conta de tudo ao redor.
Agora é minha hora de abrir lentamente os olhos para abraçar e ser abraçada. Pra respirar fundo, continuar deitada, fumar um cigarro. Estou exatamente na fase mais melosa da noite, a mais romântica, a crucial para a intimidade.
E eu quero conversar.
Não virem pro lado para dormir, por favor.
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