brigadumãããe!
Depois de 3 ataques de anemia, duas intoxicações, 7 pedras no rim divididas entre 3 infecções renais e duas infecções intestinais eu descobri que meu organismo não é tão forte assim. E depois da última infecção renal e intestinal (na qual eu perdi, pasmem, 10 Kg em um mês e meio), tive que aceitar que não podia comer tudo que visse na frente. Meu problema renal é sério, e como todos os casos, é crônico. Se eu não tomar muito cuidado e muita água, as pedras voltam a aparecer.
Tomate seco, nunca mais.
(neste momento uma discreta lágrima percorre o canto de meus olhos.)
Durante o mês em que fiquei doente, eu não podia comer NADA. Vivi de torradas, ricota e papinha de nenê. Só isso, sem brincadeira. Pão, nem pensar. Queijo? Queijo era veneno.
E vcs não fazem idéia do quanto eu preciso de queijo.
Aos poucos fui melhorndo e é claro que depois dess reeducaçào alimentar forçada eu não consegui comer direito. Tudo me embrulhava o estômago. E foi época do Natal, Jesus, foi um martírio, ver toda aquela comida e não conseguir comer nada. Demorou um tempo até eu me acostumar com gordura, proteína, tudo de novo.
Não estou mais com 52kg, é obvio. Mas estou mantendo 53, 54, sempre. Finalmente, aprendi a regular alimentação.
E também graças à Louise (preciso falar mais dela, ela têm sido importante pra mim nessa minha nova fase, ela mora comigo agora.), que também resolveu entrar para a onda de comida de passarinho, hoje eu não consigo ir à padaria e chorar por um pão de queijo. Só consigo comprar coisa light, diet, fruta, bastante legume. Macarrão? Só integral.
Regalia, é claro que tem. Mango Chutney. E de vez em quando, Haagen Dazs pra fazer Ice Moka.
E quem é que resiste a um rodízio uma vez a cada dois meses nas Colônias, em SBC?
E a um rodízio de Sushi uma vez por semana?
E pipoca? Ah, Pipoca não vale, né?
Mas eu não sinto mais falta de pizza, Mac Donald's, Chocolate. Refrigerante ainda tá foda, ainda mais que os dietéticos não engordam, mas em contrapartida tem muito sódio e ajuda na formação de celulite.
Porém eu sei, que acima de tudo, a principal razão pela qual eu consegui não sentir mais falta de doce vem lá de trás. Vem de uma época em que todas as crianças se entupiam de Chandelle, Amendocrem, DanUp, Sucrilhos, Biscoitos Recheados São Luiz, Fofy, Elma Chips e tantas outras guloseimas, e minha mãe insistia em não comprar nada disso. Ela não era também do tipo ditadora, sem terrorismos, não era do tipo que só deixava a gente comer vegetais e fígado. Tinha sempre biscoito em casa, ou sorvete, mas nunca, nunca foi em grande escala. Requeijão, Refrigerante, sempre sem exagero. Minha lancheir sempre com sanduichinhos de presunto e queijo ou de patê de atum. E suco, era SEMPRE um suco.
É claro que a gente reclamava disso. As geladeiras das minhas amigas erm muito mais legais e sempre que eu tinha oportunidade, comprava um Suflair ou um pacote de Pingo D`Ouro pra comer no recreio.
Mas hoje eu entendi aquilo. Como tudo que a gente passa na infância (ou quase tudo), a gente entende mais tarde que realmente foi para o nosso bem. Não tive uma educação alimentar a base de guloseimas, portanto, nunca iria sentir muita falta disso.
Se vcs forem dar um pulo em casa, não vão encontrar nenhuma besteirinha. A não ser, é claro, no armário da Angélica (sim, eu moro com outra Maria Angélica), que é regado de biscoitos, danettes, coca-cola, leite integral, hamburger e daí pra baixo. Ela assume que gosta de tudo que faz mal.
Por isso que eu queri agradecer a minha mãe de novo por ter cuidado com tanto tato do meu metabolismo que depois, viríamos e descobrir, precisva de cuidados maiores.
Brigadu, mãããe!
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