Burra?
Durante uma enquete absolutamente desgastada no GNT Fashion, perguntava-se a fashionistas e figuras importantes a respeito da capacidade intelectual das modelos: afinal, modelo é burra?
Para perguntas estapafúrdias, respostas estapafúrdias. Tanto da parte das próprias modelos quanto dos restantes profissionais da área. Entre os mais bobinhos ficou Tufi Duek e Jeisa Chiminazzo, que soltaram a velha pataquada de que se modelo fosse burra, não estaria ganhando mais do que muito graduado por aí. Pois é, seu Tufi, este mercado é ou não é absurdo? Já tive chefes como suas musas, que nem graduados eram, ganhando bem mais do que eu. Mas isso não faz de mim burra, muito menos das modelos, inteligentes. Isso só mostra os polidos e corretos valores da maquinaria e das fórmulas lucianagimenistas da nossa cultura, que, engraçado, você mesmo tentou alfinetar na sua última campanha, estrelando Jeísa, um paninho e Veja. Tchau Tchau, gordura. Bye Bye sujeira - Forum. Com a bandeira croma-key do Brasil no fundo, Jeísa limpa a sujeira deste país. Francamente, vai, Tufi, como diz minha irmã suíça: cheira meu sovaco.
Entre as opiniões que eu gostei estão, é claro, as que não entrarm nessa discussão idiota, que apenas contiveram-se a observar sabiamente que GENTE BURRA TEM EM TODO LUGAR, não só no mundo da moda. E não é? Bussunda complementou dizendo que modelo no Brasil sempre foi tão tachada de burra quanto jogador de futebol e que, embora assuma que não entende lá tanto desse mercado, acredita que a boa educação e boa expressão também tenham se tornado um quesito relevante no mundo da moda, como aconteceu com o futebol. Não, seu Bussunda, ainda não. Essas meninas ainda vão ter que vomitar muito feijão com arroz pra chegar lá. Jogador de futebol aprendeu a falar direito depois que bombamos o mercado internacional de vez. E tanto equipe quanto patrocinadores passaram a exigir uma postura menos edmunda (a até menos pelezenta) para se portar, para fazer merecer o título de representante de um país, de um ideal ou de qualquer posicionamemto de marca. Só que infelizmente deste casal de "burros" quem aprendeu a lição foi só Ronaldinho Gorducho. Cicarelli, nosso patrimônio acéfalo, continua seguindo a cartilha brasileira de que aqui mais vale trocar um membro pelo outro. Cérebro por pares de tetas. Afinal, é muito mais simpático ser sexy-pateta do que sexy-sabida. Imagine só, sexy escrever livro? Só podia ser uma puta mesmo.
Minha relevantíssima opinião sobre este assunto tão polêmico que os programas nacionais de moda nos trazem é complementado com um pouco do que a Glória Kalil falou. Essas meninas vêm da roça do interior do Sul ainda crianças para São Paulo. Além de serem bicho do mato de pai e mãe, nunca poderiam competir com a arrogância intelectual paulistana que adora usar de gente assim como alvo. E então o mercado vira escola e uma vida antes vista apenas nas novelas vira norte. É difícil, mas não impossível, viver uma vida Bündchen ou Hickman, dois nomes que, pra mim, limparam o nome da profissão, bem mais do que Brunet, Oliveira ou Meneghel (sem comentários). Mas até lá, lindinhos, burros ou não, e como qualquer um de nós, vcs vão tropeçar.
Encerro este post para reflexão geral com uma matéria que saiu esta semana no site do São Paulo Fashion Week, e que caiu no meu colo parece que de propósito.
Após a leitura, talvez fique mais fácil a gente responder a pergunta do título.
PORTA DOS DESESPERADOS
Modelo se confunde e despenca pela porta de saída de ônibus em movimento
Aconteceu ontem, dia 10/05. Tatyana Simanava (21), da agência Next Models, estava em viagem num ônibus de luxo para fazer um ensaio fotográfico com outras colegas modelos.
Em dado momento da excursão, Tatyana foi usar o banheiro. Lá dentro havia duas portas - uma pela qual a modelo entrou e outra que dava pra fora do ônibus. Depois de utilizar o lavabo, a gata ficou confusa e escancarou a porta de saída.
O ônibus, segundo informou a polícia de Staten Island, nos EUA, se movia na velocidade de 65 km/h. Uma modelo pesa em média 50 kg. Façam as contas do estrago.
Tatyana quebrou um braço, deslocou o ombro e sofreu escoriações no rosto e na cabeça, mas conseguiu sobreviver. "Ela teve muita sorte. Poderia ter sido esmagada pelas rodas do veículo", declarou um policial que foi atender ao chamado.
Tatyana está em recuperação e sua agência prefere não comentar o ocorrido.
Por André Rodrigues - 11.05.06 - 18h00
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Durante uma enquete absolutamente desgastada no GNT Fashion, perguntava-se a fashionistas e figuras importantes a respeito da capacidade intelectual das modelos: afinal, modelo é burra?
Para perguntas estapafúrdias, respostas estapafúrdias. Tanto da parte das próprias modelos quanto dos restantes profissionais da área. Entre os mais bobinhos ficou Tufi Duek e Jeisa Chiminazzo, que soltaram a velha pataquada de que se modelo fosse burra, não estaria ganhando mais do que muito graduado por aí. Pois é, seu Tufi, este mercado é ou não é absurdo? Já tive chefes como suas musas, que nem graduados eram, ganhando bem mais do que eu. Mas isso não faz de mim burra, muito menos das modelos, inteligentes. Isso só mostra os polidos e corretos valores da maquinaria e das fórmulas lucianagimenistas da nossa cultura, que, engraçado, você mesmo tentou alfinetar na sua última campanha, estrelando Jeísa, um paninho e Veja. Tchau Tchau, gordura. Bye Bye sujeira - Forum. Com a bandeira croma-key do Brasil no fundo, Jeísa limpa a sujeira deste país. Francamente, vai, Tufi, como diz minha irmã suíça: cheira meu sovaco.
Entre as opiniões que eu gostei estão, é claro, as que não entrarm nessa discussão idiota, que apenas contiveram-se a observar sabiamente que GENTE BURRA TEM EM TODO LUGAR, não só no mundo da moda. E não é? Bussunda complementou dizendo que modelo no Brasil sempre foi tão tachada de burra quanto jogador de futebol e que, embora assuma que não entende lá tanto desse mercado, acredita que a boa educação e boa expressão também tenham se tornado um quesito relevante no mundo da moda, como aconteceu com o futebol. Não, seu Bussunda, ainda não. Essas meninas ainda vão ter que vomitar muito feijão com arroz pra chegar lá. Jogador de futebol aprendeu a falar direito depois que bombamos o mercado internacional de vez. E tanto equipe quanto patrocinadores passaram a exigir uma postura menos edmunda (a até menos pelezenta) para se portar, para fazer merecer o título de representante de um país, de um ideal ou de qualquer posicionamemto de marca. Só que infelizmente deste casal de "burros" quem aprendeu a lição foi só Ronaldinho Gorducho. Cicarelli, nosso patrimônio acéfalo, continua seguindo a cartilha brasileira de que aqui mais vale trocar um membro pelo outro. Cérebro por pares de tetas. Afinal, é muito mais simpático ser sexy-pateta do que sexy-sabida. Imagine só, sexy escrever livro? Só podia ser uma puta mesmo.
Minha relevantíssima opinião sobre este assunto tão polêmico que os programas nacionais de moda nos trazem é complementado com um pouco do que a Glória Kalil falou. Essas meninas vêm da roça do interior do Sul ainda crianças para São Paulo. Além de serem bicho do mato de pai e mãe, nunca poderiam competir com a arrogância intelectual paulistana que adora usar de gente assim como alvo. E então o mercado vira escola e uma vida antes vista apenas nas novelas vira norte. É difícil, mas não impossível, viver uma vida Bündchen ou Hickman, dois nomes que, pra mim, limparam o nome da profissão, bem mais do que Brunet, Oliveira ou Meneghel (sem comentários). Mas até lá, lindinhos, burros ou não, e como qualquer um de nós, vcs vão tropeçar.
Encerro este post para reflexão geral com uma matéria que saiu esta semana no site do São Paulo Fashion Week, e que caiu no meu colo parece que de propósito.
Após a leitura, talvez fique mais fácil a gente responder a pergunta do título.
PORTA DOS DESESPERADOS
Modelo se confunde e despenca pela porta de saída de ônibus em movimento
Aconteceu ontem, dia 10/05. Tatyana Simanava (21), da agência Next Models, estava em viagem num ônibus de luxo para fazer um ensaio fotográfico com outras colegas modelos.
Em dado momento da excursão, Tatyana foi usar o banheiro. Lá dentro havia duas portas - uma pela qual a modelo entrou e outra que dava pra fora do ônibus. Depois de utilizar o lavabo, a gata ficou confusa e escancarou a porta de saída.
O ônibus, segundo informou a polícia de Staten Island, nos EUA, se movia na velocidade de 65 km/h. Uma modelo pesa em média 50 kg. Façam as contas do estrago.
Tatyana quebrou um braço, deslocou o ombro e sofreu escoriações no rosto e na cabeça, mas conseguiu sobreviver. "Ela teve muita sorte. Poderia ter sido esmagada pelas rodas do veículo", declarou um policial que foi atender ao chamado.
Tatyana está em recuperação e sua agência prefere não comentar o ocorrido.
Por André Rodrigues - 11.05.06 - 18h00
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1 comment:
depois de chegar para a rojane e falar "querida, você precisa fazer esse cabelo", eu concluo que nem modelos, nem coordenadoras de backstage são burras. o meio é que enlouquece!
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