25 June 2003

Rave Patrol - as 12 revelações


1 - Todo o primo conceito de festa rave (música eletônica ao ar livre) foi para o saco. A festa foi realizada em um galpão no meio do nada...Se era para ser em um galpão, que fosse em São Paulo mesmo.

2 - Quase doze horas de festa. Mais de 15 horas de sono.

3 - O Valmir é confiável. E o que é mais espantoso: pontual.

4 - Quem não beijar na balada primeiro é mulher do padre.

5 - Ela era irmã do Pedrinho! Ela era irmã do Pedrinho!!!

6 - Não existe ciúme de amigo.

7 - Cuidado com o que vc deseja. Se vc for leitor de hentai, tenha mais cuidado ainda.

8 - Poucos ficaram fofinhos. Todos se divertiram.

9 - Festa rave é para quem pode, não para quem quer. Antes de amanhecer, a maioria dos saltinhos agulha desavisados já tinham ido embora.

10 - Eu soube que vai ter festa da O2 semana que vem. Lá no lugarzinho cult-trash do vale do anhangabaú. Com direito a celebridades descabeladas, roupas caras e surradas, trilha sonora de Cidade de Deus e um forrozinho pra fechar a noite. Eu? Eu vou dormir mesmo.

11 - Como eu suspeitava: todos os homens são filhos-da-puta. Tire proveito disso.

12 - Definitivamente, quem faz uma festa ficar maravilhosa são seus amigos.

17 June 2003

Qual a melhor forma de levar ou dar um fora?
Nas melhores palavras de Catherine Denevue, em Indochina:
L'Indifférence..
Isso mesmo. Suma.
A indiferença e o silêncio falam mais do que mil explicaçoes.

mussarela de bufala


Esta aberta a temporada de caça aos mussarelas de bufala.
Chega de ter so alface e rucula nessa salada. Nao somos herbivoros.
Eu sou é muito mamifera. E adoro salada requintada.

16 June 2003

Pimenta e Valdivia. Nao necessariamente nessa ordem.


Pimenta no cu dos outros é muito divertido.
Mango Chutney orgulhosamente apresenta sua versao de calças. Ou kilt. Ou vestido de Branca dee Neve. Ah, deixa pra la.

www.valdivia.kit.net
O blog do Diego.
Doe com desapego. E durma com os ANJOS.

E nao é que eu ja fiz os dois?

mangoMAD


Larguei a terapia.
Afinal ninguém precisa de textos normais.
A loucura é mais criativa.

why am I not surprised?


Por que eu nao estou surpresa que essas coisas estao acontecendo outra vez?
E por que mesmo sabendo disso, eu ainda fico puta e chateada?
As vezes eu detesto refletir tanto sobre tao pouco.

isso nunca aconteceu antes.


Capa da Isto é, dessa semana: Crise na cama.
40% dos homens tem ejaculaçao precoce.
27% das mulheres nao conseguem ter um orgasmo antes do cara.

Campanha do concorrente do Viagra na TV (que foi vetada, por sinal), converte os homens em sex machines, com 36 horas de puro amor para dar. Clinicas saude feminina estao em baixa. Boston Medical Group, em alta.

Antes, sexo estava em todos os lugares.
Agora, os problemas de sexo é que ficaram famosos.
De repente, a broxada virou moda. A frigida foi santificada.
Sera que todo mundo ja tinha isso antes ou estao nos transfomando em hipocondriacos sexuais?

Mango Antonio.


Foi em um momento de inspiracao, ouvindo Norah Jones, Cardigans ou David Cassidy, nao me lembro bem, fiz uma oraçao pra Santo Antonio ajudar a todas as mulheres apaixonadas, encalhadas e dixcontroladas, que tanto querem viver um grande amor.
Mango Chutney. Com sabor de rosas vermelhas e caixa de bom-bons.


Oraçao para o dia dos namorados.

Eu quero um namorado. Desesperadamente.
Quero alguém para sentir saudades, pra sentir ciumes, para fazer cena quando eu fico carente.
Quero alguém que eu fique com vontade de ver todo dia, o dia todo. Alguém que faça questao de pagar todos os jantares pra mim e que fique puto comigo porque eu sempre vou querer dividir a conta.
Quero olhares que dizem tudo. Que me cause arrepios toda vez que olham fundo nos meus olhos. Ter a certeza de que sao so meus. E so meus seus beijos, seus pensamentos, seu dia-a-dia, seus sonhos.
Quero brigar por espaço na minha vida, e reclamar quando ele tem que jogar futebol.
Quero fazer bico toda vez que outra mulher ligar, nem que seja a m?e dele. Quero ser unica para alguém. Quero me dar por inteiro para alguém. Com todos os trocadilhos que o Senhor permitir.
Quero me sentir protegida em seu abraço, como se eu estivesse dentro de meu proprio coraçao. Sa e salva. Feliz. Completa.
Quero alguém para me dar banho. E embora insista em dizer que nao sabe fazer essas coisas, lava meu cabelo como ninguém. E quando admite isso para si mesmo, capricha e faz o serviço todo: condiciona, enxagua, seca, penteia, tudo direitinho, so pra ouvir mais um elogio meu no final. E receber milhoes de agradecimentos, espalhados por todo o rosto.
Quero alguém para roubar o travesseiro, o cobertor, a cama e o resto do sono.
Quero alguém para ficar horas beijando a boca, ter a plena sensaçao de que ela foi feita pra me beijar. E que sem esse beijo eu nem sei mais falar, nem comer, nem usa-la para mais nada.
Quero dividir uma risada solta, liberta de qualquer coisa. Rir da vida, rir dos meus problemas, rir de mim mesma.
Quero alguém para me deslumbrar com suas historias sobre tudo o que eu nao conheço. Quero alguém que me ouça com toda a atençao do mundo sobre algo que ele ja esta cansado de saber. E que se surpreenda cada vez que descobre algo de bom em mim.
Quero mentiras sim, assim. Quero mentiras que me façam feliz.
Quero poder ser sincera, colocar todo o meu coraçao para fora, com lagrimas, tripas, salivas ou outras secreçoes.
Me permitir me entregar, confiar cegamente em algo que eu nao posso e nunca poderei explicar. Quero ter fé.
Quero uma pele que se misture com a minha, que faça a alquimia perfeita. Quero uma coreografia montada, com compassos marcados e descompassos deliciosos.
Quero ter certeza de que tudo isso é possivel, e sentir que o mundo todo esta apaixonado junto comigo, que tudo aspira amor, e sentir a plena presença da vida no meu coraçao.




Esse post é dedicado à Nalu, cuja poesia inspira e expira flores, cujo olhar jamais deixou de acreditar em um verdadeiro amor.

11 June 2003

bola no nariz


Não, eu não sou palhaça.
Chega de me estapear e me estrupiar no picadeiro esperando aplausos.
Chega de dar show, chega de ser uma piada.
Respeito é bom e faz bem para os dentes. E para o ego também.

10 June 2003

big little boy


Nao vou mais me enganar...
Vc é mais um menininho perdido que apareceu na minha vida.
E sinceramente nao estou com a menor paciência de te explicar o sentido das coisas.
Cansei.
Next!

fama, fortuna e farpas


Mais hype do que falar "hype", é agora falar..."se joga".
E mais enjoado do que ficar tentando imitar tudo o que o seu cabelereiro bicha fala, é pagar pau para o site da nossa querida Eliana Underground, quer dizer, Erika Palomino, e procurar fotinhos que pessoas que não querem tirar fotinhos, mas que saem nas fotinhos pq saõ considerados hypes. Ou é pq se jogam. Ou é pq são viados.

Ou porque se jogam entre os viados e ficam parecendo hypes. Não necessariamente besta ordem.
O que importa (e o que foi mais legal disso tudo) foi que antes do mango pagar pau para Erika Palomino....
Erika Palomino pagou pau para o Mango.

Um comentário, com toda a minha essência hype para os hypes: Chupa.








EU TENHO MEDO DE FALSIDADE.

07 June 2003

Hentai Seeker


Mais uma vez ressalto este alerta, para voce, leitor de Hentai.
Careful what you wish for.
Porque quando vc menos espera, essas coisas acabam acontecendo.

MANGO RELOADED


E viva o Front Page!
Mango Chutney esta de cara nova!


Flavio Silvino viu que eu estava muito tristinha, precisando de uma mudada no visual. E como ele me entende mais do que ninguem, me deu de presente o Upload do Mango, uma carinha n?o muito diferente mas que faz toda a diferença.
Porque Flavio é como eu: meio tradicionaista, n?o gosta muito de mudanças extremamente radicais.
Essas coisas a gente faz aos poucos, né, Fl?vi?o?
Mas que ficou lindo, ficou.
Agora eu so falta o upload real, tipo ir na manicure, cabelereira, pedicure, dermatologista....

hum....agora nao.


Espero que vcs tb tenham gostado. Quer mandar um mail pro Flavio Silinera com mais sugestoes pro mango? Apertame!






Falando nisso, como eu perdi muitos links de blogs durante minhas frustradas aventuras no vale do HTML, peço a todos os meus queridos (Locko, Du, Fred, Bernardo, Djoh, Tata, Giu, ESPMenhos, Piaui e tantos outros) que me mandem de volta seus links pra atualizaçao do Mango.
Danke!

Ah, legal, agora o mango ta com problema de acento. Uma post page linda e defeituosa, realmente tudo o que eu precisava.
Se alguem que entende de HTML souber o que eu posso fazer pra consertar isso, por favor me avisa.

06 June 2003

Vovô viu a Uva. Mamae viu Fidel.


Diretamente de Cuba, minha reporter de campo Mae, nos conta detalhes do socialismo como você nunca viu.

Oi Filha!
Aqui nao so nao tem nada para se fazer de realmente bom, com o pouco tempo que nos resta do trabalho, como tb nao tem TRIP.
Imagina, TRIP... Nao tem nem jornal!
Nao vi uma so revista.
Filha, pais socialista é muito diferente de capitalista. Tudo é controlado pelo estado e sao dois tipos de pessoas: as daqui e os estrangeiros: dois pesos e duas medidas, para tudo, sempre. Nada de quebrar galho, nada de excecoes, sem chance.
Fico imaginando vc aqui. NUNCA daria certa. E quer saber: ainda bem:
Quero continuar tendo uma filha perua mas normal, mesmo que ela ache que tem TRIP em Cuba.
Ai, ai, ai!
Pedi ao Wash para perguntar se vc nao queria ir para casa hoje ou amanha, para vc descansar e falar comigo, pois ele vai me ligar de la.
Apesar de nao funcionar os andares dos computadores, continue escrevendo para mim.
Besitos y mas besitos
Mae


Logo mais tem mais not?cias da Ilha Vermelha. Stay Tuned.
Uau!
E olha! Tá super rápido também!!

Ev+Jason, what a lovely surprise!


Olha que chique que tá a nova página do blogger!
Que show hein meninos?
SÓ FALTA AGORA VCS COLOCAREM UMAS OPÇÕEZINHAS DE TEMPLATE MAIS BONITINHAS, NÉ? FAÇAVOR!!
Mas que ficou lindo, ficou.
Tudo de bom.

01 June 2003

post de aniversário


Esse post tem a mesma data de vencimento que a geléia de pêssego diet na minha geladeira: desconhecida.
Mas não é só esse post que está fazendo aniversário.
Mango Chutney apresenta o post mais embolorado dos seus arquivos. Que é só dar uma lavadinha pra ficar comestível outra vez.

deixa eu ser


Eu sei que você não merece tudo isso. Não merece ainda minha atenção, não merece meu carinho, nem sequer meu respeito.
Mas fazer o que, se eu estou querendo você de qualquer jeito.
Tuas palavras são dúbias, mas eu só ouço sua voz. Só vejo teu sorriso.
É sim. Quero você de qualquer jeito.
Pra você, eu sou errada. Não sou apropriada. Afinal, eu falo, penso, ando, ajo, e não é isso que você quer.
Tudo bem. Eu viro autista pra te conquistar.
Eu viro dama. Eu viro esposa, dona-de-casa, o que você quiser.
Só por hora. Só por charme.
Depois eu viro o jogo. Se eu for dona-de-casa, você vira meu cachorrinho. Eu te alimento.
Só por hora. Só pro crueldade.
Depois a gente se entende. Depois dos jogos a gente sempre se entende. As palavras e os papéis a gente joga fora. A gente se recicla. A gente se junta e vira uma coisa só.
Só deixa eu ser, deixa eu mostrar o que eu tenho de bom, já que você não consegue fazer isso. Eu me moldo, eu te moldo, pra divertir.
Eu quero, e pronto. Apaixonados são acima de qualquer coisa seres mimados pelo próprio coração, que acham que são capazes de ter tudo.
Quero você de qualquer jeito.
Mal-humorado, fedido, falido, gostoso, gordo, cansado, excitado, maravilhado, apaixonado.
É tão bom sentir o coração preenchido. Assim como outros órgãos do corpo.
Eu quero ser paz. Eu quero ser sua. E só. Não só comigo. Só com você.

somewhere under the rainbow


Estava a caminho de Oscar Bressane. Cidade perto de Vera Cruz, província de Marília, interior de São Paulo. A estrada era linda e típica da região: plana, aberta, verde, como em uma embalagem de leite tipo A. O pasto cercado na beira da estrada com madeira baixa, salpicado de algumas vaquinhas ao longe. Ensolarada pelas 3 e meia da tarde.

Eu tinha 10 anos.

Na frente, minha mãe no banco de passageiros. Dirigindo o Beto, o então namorado dela (que depois de 3 meses se tornaria ex) Iam calados. Minha irmã caçula, aos 6 anos, estava do meu lado no banco de trás. Deveria estar inquieta, berrando ou chorando, mas não é assim que eu me lembro. Esse momento me é totalmente mudo.
Minha janela estava um pouco aberta, entrava um ventinho morno, só para dar uma impressãozinha de viagem longa. O sol estava do meu lado, por isso talvez eu tenha demorado mais para ver. Não chovia.

No entanto, passávamos por um trecho molhado da estrada. E antes que pudéssemos processar a idéia de chuva com sol, diante de nós surgiu a resposta: um arco-íris enorme, como eu nunca mais vi, com todas as cores nítidas, todo o seu arco completo. Um portal despontando em nossa direção, dando boas vindas ao mundo.
Minha mãe quis parar, tirar foto, contemplá-lo de fora do carro. Eu, no auge da minha pré-adolescência, já esboçava um mau-humor egoísta. Por mim, continuava andando, em direção ao meu arco-íris, pois assim só eu o contemplaria, sozinha, só meu. Por isso fui a única a não descer do carro. E antes que meu bico fizesse a volta completa, minha mãe desistiu e voltamos a andar.

Ao contrário do que se acontece, a medida que nos aproximávamos o arco-íris não sumia. Abria-se ainda mais sobre nossas cabeças, certamente nos engoliria. Passado mais um momento ninguém mais o olhava, a atenção voltava para as vacas. Só eu fiquei na expectativa de ver o quão perto dele chegaríamos. Com o coração na mão, ansiosa e silenciosa pelo momento, o fitava com os olhos cada vez mais altos, até que o atravessei. Na passagem não o enxerguei, só voltei a vê-lo já atrás de mim. Passei. Passei debaixo do arco-íris! E agora, que será que vai me acontecer de especial? Qual o encantado destino que me espera?

Perdida em expectativas e sonhos nem vi quando chegamos na fazenda, onde nos aguardavam os amigos do Beto. Perguntas de como foi a viagem, surgiu o assunto arco-íris. Passaram debaixo dele? Mantive minha façanha em segredo. Sim, só eu passei!, pensava. “Olha lá, cuidado com essa história hein?”, alguém alertou.
Aí eu me intriguei. Como assim, cuidado? Não era um momento encantado, sagrado, único?

- Ô, Gegé, você não sabe que quem passa debaixo do arco-íris, se é menina vira menino e se é menino vira menina?

Aquela nova informação por algum motivo não me aterrorizou. Pelo resultado que obtive, não faria a menor diferença depois. Pelo contrário, eu teria algo a mais para poder me divertir: agora podia brincar como menino ou como menina, como eu bem quisesse. Simplesmente não teria mais que me preocupar em agir como um ou outro. O arco-íris havia me dado essa liberdade.

Exatos 12 anos depois, concluí que eu não estava errada.