NASA NO CÉU, NAZA NA TERRA.
a.k.a, Eu sou brasileira e não perco um capítulo nunca.
Ah, eu assisto a Senhora do Destino sim. Nossa personalidade é que nem novela: tem um lado chique, um lado suburbano, um lado cafona, um lado côn sotaqui, um lado quase bicha, um quase lésbico, um quase brasileiro, um quase paga-pau de estrangeiros. E como nunca poderia faltar, um lado merchandising.
E reze para que o Senhor do seu Destino seja um Manoel Carlos. Porque se você pega um Benedito Ruy Barbosa sua novela só enrola e se arrasta, pega bode e pega barriga. Se você pega um Sílvio de Abreu pode até ser interessante, mas aí o cuidado é dobrado, porque das duas uma: ou vc vai morrer e só vai saber quem tem te matou no final ou pior, você pode ser desmascarado quando menos espera. Bom mesmo é Manoel Carlos, que sempre é mais chique que suburbano, o que aumenta suas chances de se dar bem, principalmente com galãs gianechinescos e fresquinhos, e tudo, tudo sempre acaba com um casamento inesquecível. Tirando talvez uma música romântica que pode te perseguir toda vez que você chora. Portanto, não chore.
5 bons motivos para ver a novela das 8:
1 - A Naza - Renata quem? Não, aquela loira existe e eu bato o pé que existe. Aquela não é a mesma atriz que fez a Dama das Camélias e também não é Pillar Batista não. É a Naza. Nazaré Tedesco e sua fiel escudeira, a Escada. Juro que se tivesse Oscar da televisão brasileira eu dava pra ela. Troféu Imprensa eu dava pr'aquela cafona lipoesculpida da Maria do Carmo. E aproveitava pra jogar de vez a Dieckmann em um calabouço. Ela era melhor careca e moribunda. Só a Naza arrasa. Te dedido, Sorrah!
2 - A Carolina Dieckmann, Izabel ou melhor, LINDALVA é linda como qualquer filha de protagonista, mas é chata como só a Dieckmann sabe ser. Acho que foi muito tempo com aquele ex-marido dela... Agora ela é namorada do Tom Hanks, aquele que dava raquetada na Helena Rinaldi. Ele podia estender aquele hábito por mais tempo, né?
3 - Os filhos da Maria do Carmo, verdadeiro Olimpo Retirante: Marcelo Anthony (o maître mais charmoso da Baixada), Dado Dolabella (garanhão igualzinho à vida real), Du Moscovis (o corrupto trapalhão, casado com a amante dele, a Pituxa Pastel.) e Leonardo Vieira (o homem de uma camisa só). Inclusive essa história da camisa deu até comunidade do orkut (se bem que isso não é mérito pra nada) e depois do enorme número de aderentes, não é que a gente viu a camisa mudar? Será que foi culpa do orkut? Acho mais engraçado acreditar que sim.
4 - As lésbicas: a Milla Christie tá ótima no papel de fancha. Tenho certeza que ela fez laboratório na Torre e BDG. Até o andar dela tá perfeito, o jeito de olhar assim, meio maridão-coruja, meio garoto-babão. Não é pra menos: a namorada Bárbara Borges, apesar de não ter nada de lésbica, deixa qualquer uma de PD*. Essa é a terceira novela que a Globo tenta inserir o lesbianismo na classe média. Pra mim, a melhor dupla até hoje foi a primeira (Cristiane Torloni e Sílvia Pfeifer, em Torre de Babel), mas elas morreram num incêndio na primeira semana da novela. Queima elas, Jesus.
* Homem fica de pau duro. Fancha fica de PD.
5 - A Marília Gabriela: de aplique no cabelo e Years Away no rosto, mas com a mesma batata na boca. Eu e o Gianechinni adoramos. Ela fez a primeira parte da novela, nos anos 60, papel que cai super bem, chiquééérrima e a frente do seu tempo. Uma mulé di verdadi. Na segunda parte, ela arrebenta de vez aquela barraqueira da Do Carmo, causando com todo mundo, sem dar um barraquinho sequer. Tudo com muitos "com licença". A perfeita distinção entre subir nas tamancas e não descer do salto.
E no último capítulo os pares vão se ajeitar, as pazes serão seladas, os bandidos presos, os enfermos recuperados, os bebês nascidos, e os noivos, casados. Final feliz mais piegas, só com a assinatura "fim".
E vá lá: final feliz demais nunca fez mal a ninguém.
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