Noite (me) Leve.Noite (me) Leve.Noite (me) Leve.
Paxtelão, minha amiga, costumava acalentar nossos corações sedentos e um tanto medrosos com a seguinte máxima: Já que é pra enfiar o pé na jaca, abre os dedo. E com esta maravilhosa concordância, seguíamos nossa jornada ladeira abaixo. Ontem foi um dia desses. Ou melhor, uma noite daquelas.
Semprei achei que nunca mais poria os pés de novo no Lov.e. Acho batido, reduto de moleques cheirosinhos e cheiradinhos, playboys-traficantes, garotas perdidas, enfim...chato. Além do mais, não tenho mais a menor paciência daquele lobby de porta de boteco, gente querendo falar com fulano, que conhece beltrano, eu sou promoter, eu sou modelo, eu sou amiga da amiga que mora com ele. É feio esmolar de sapatos Gucci. E lá dentro sempre piora.
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<>Mas ontem foi diferente. O lugar era o mesmo e as pessoas (e as "aparições") eram as mesmas de dois anos atrás, mas tudo estava diferente. Nós entramos, saímos, viajamos e comemos em todos os sentidos, vivemos uma rotina quase diária de maquiagem no rosto de manhã e á noite e depois nos cansamos e paramos com tudo, começamos namoro, encaramos uma gravata às nove da manhã, o happy-hour da firma, fazemos planos pra morar fora, mas estavam todos de volta lá. A maioria dos que estavam ali ontem, esta era a impressão, não se reuniam há muito tempo. Meus amigos, meus irmãos preciosos, pessoas que eu convivi durante mais de 3 anos seguidos, todos juntos. E se não fosse pelos fortíssimos abraços de saudade, nem parecia que ficamos longe do convívio por tanto tempo.
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<><>Foi saudade de tudo junto. Saudade do clima, da bebida, do oba-oba, de dançar aquela música, de fazer o rotineiro carão, de usar chapéu, de acordar de maquiagem borrada, sair da balada de manhã, ainda rindo, ainda no pique, eu achei que nunca mais ia sentir isso, eu tava morrendo de saudade de mim.
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<><>A velhice não é pra mim. Ficar dentro de casa não é pra mim. Me cuidar em plena sexta-feira pra evitar ressaca não é pra mim. Regular palavras, não abraçar meus amigos, não xingar menininhas, não conhecer pessoas novas, não rir até cair no chão, não usar roupas que eu quero, não falar o que eu quero, não fazer o que eu quero. Eu, definitivamente, não sabia onde eu tinha me metido até agora. Mas nesta semana eu me achei, e tava tudo lá, certinho, não tinha perdido nada.
3 comments:
Realmente, foi uma das melhores noites da minha vida. Muito, muito obrigada por ter estado la comigo. Achei que aquilo ja tinha perdido a graça, até eu poder colocar minha saudade no nivel zero.
Gé,
Eu tb sinto saudade de mim. Tive uma crise disso ontem de noite....
Mas para o meu azar, ou sorte não sei, as coisas que me fazem voltar a ser aquela Paxtelão não estão mais no lugar, ou melhor eu não estou mais no lugar delas... eu sitno q não tenho mais volta, a não ser poder viver esses bons momentos por alguns momentos. Faz tempo que não me maqueio, que não me arrumo, que não me fantasio para sair. Eu amo a vida q levo, mas sentir saudade de si mesmo é ruim.....vamos ver, nesse final de semana vou pro Rio com Carlos e teremos uma boa festa, não das que eu gosto, pois a festa é dele, mas os ingredientes que me davam as sensações que tinha vão estar lá, em altas e variadas doses....
foi bem legal mesmo :)
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